19/07/2009

Sempre solidão.

Eu nunca tive dificuldade em dizer adeus, eu nunca senti nada ao ver as pessoas se afastarem, por um breve momento ou para sempre. Eu não sentia saudades, eu não me importava em ser deixada, em ficar sozinha... Mas eu nunca consegui suportar a dor de me afastar dos outros, eu nunca consegui superar o sentimento que me aperta por dentro, quando quem tem que partir, sou eu. Talvez porque eu cresci assim... Por muito tempo, eu ficava sozinha. Eu aprendi a me virar, a me fechar, a guardar meus sentimentos para mim, e fingir ser feliz o tempo todo. Meus pais sempre trabalhando, meu irmão sempre estudando, e eu, sempre sozinha. Talvez de tão acostumada, não me importe mais com a solidão, em ser deixada... Eu me acostumei! Mas eu ainda não aprendi a suportar a dor de deixar.
E quanto mais se passa o tempo, menos eu vou me importando... Eu aprendi a atuar, a esconder. Eu aprendi a disfarçar o que era visível... E aprendi sozinha!
Tantas noites em silêncio, eu chorava na solidão da escuridão... Tantas vezes que fingia estar feliz! No meio da multidão, meus olhos sempre secos, mas a alma sempre querendo chorar, gritar; sempre querendo dizer a verdade, procurando por ajuda... Mas ela nunca encontrava alguém que pudesse ajudar, ela nunca encontrava ninguém. E quanto mais o tempo passava, minha alma conseguia mais capacidade em esconder as coisas, em guardar para si...
Quanto mais o tempo passava, mais solidão eu encontrava!
Mesmo que eu nunca esteja sozinha, algo me faz entender que eu estou só...

Nenhum comentário: